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domingo, 27 de janeiro de 2019
PRIMEIRA DIRETORIA – BIÊNIO 1967/1969
VENERÁVEL – LAURO DA ESCÓSSIA
PRIMEIRO VIG.: NELSON LUCAS PIRES
SEGUNDO VIG.: REGINALDO PAIVA
ORADOR.: FERNANDO ANTONIO MARTINS DO COUTO
SECRETÁRIO.: ÉDER ANDEADE DE MEDEIROS
TESOUREIRO.: - JOSÉ DIAS DA CUNHA
FONTE – LIVRO 40 ANOS DA LOJA JOÃO DA ESCÓSSIA, DE WILSON BEZERRA DE MOURA
LOJA MAÇÔNICA JOÃO DA ESCÓSSIA
Fundada em 15 de maio de 1967, a loja foi a segunda instalada em Mossoró, a
partir da dissidência de integrantes da Loja 24 de Junho. A nova unidade teve
início numa farmácia pertencente a Eduardo Dias de Medeiros que funcionava na
Praça do Pax e posteriormente foi acomodada no templo da Loja 24 de Junho.
“A loja foi fundada a partir da iniciativa de um grupo. A maçonaria vem
aceitando a mudança dos tempos. Nova mentalidade, nova visão, novos comportamentos.
Partiu da dissidência de um grupo liderado Lauro da Escóssia e Nelson Lucas
Pires”, destaca o professor.
A construção do tempo próprio se deu na gestão de Wilson Bezerra de Moura no
fim da década de 1970. “Dei início a construção da sede no período de 1979 a
1981. Foi um desafio difícil, mas conseguimos com a ajuda do quadro da loja”,
destaca o escritor.
Segundo Wilson Bezerra no decorrer das últimas décadas a sociedade passou
por mudanças significativas que foram assimiladas pela loja maçônica a partir
de uma natural necessidade de adaptação.
“Neste período tudo mudou muito. A transformação da sociedade determinou por
força das circunstâncias que a maçonaria também se modificasse. Tivemos que nos
adaptar”, destaca.
Para o autor, a loja João da Escóssia deu uma importante contribuição no
processo social e politico do município ao longo das últimas cinco décadas,
influência mantida até os dias atuais.
“A loja esteve presente em importantes momentos da ordem social mossoroense.
Atualmente conta com 66 membros ativos que continuam atuando de forma a
contribuir com nossa cidade”, conclui Wilson Bezerra. Atualmente Mossoró conta
com mais de dez lojas maçônicas ativas.
VOZES – No decorrer dos 50 anos da Loja João da Escóssia um projeto em
especial conta com participação ativa de Wilson Bezerra de Moura há mais de 40
anos. Fundado em 1977 o informativo Vozes do Templo é editado em Mossoró e
circula em todo o País com informações do segmento maçônico.
Criado por José Stalin Reginaldo, José de Oliveira Miranda, e por
Wilson Bezerra de Moura, o informativo tem circulação trimestral e foi
recentemente homenageado como o informativo maçônico mais antigo da América
Latina.
FONTE – O MOSSOROENSE
JOÃO DA ESCÓSSIA NOGUEIRA
Nasceu em Mossoró a 27 de maio de 1873, sendo filho do jornalista Jeremias
da Rocha Nogueira, pai da imprensa mossoroense, e de Izabel Benigna da Cunha
Viana. Foi o terceiro filho do casal que, antes dele, tiveram Cecília da Rocha
Nogueira e Agar, vindo este a morrer ainda criança.
João foi o primeiro Escóssia de Mossoró. Sobre isso nos conta Lauro da
Escóssia: “Dias após o seu nascimento, foi levado à Igreja Matriz de Santa
Luzia a fim de receber as águas lustrais do batismo. Seria batizado com o nome
de João Batista da Rocha Nogueira. Na época dessa cerimônia estava em evidência
a luta entre a Igreja Católica e a Maçonaria, em nossa cidade seriamente
fomentada através do jornal, que tinha o pai do neófito como diretor, pois era
Jeremias da Rocha “homem de bons costumes”. O padrinho seria Targino Nogueira
de Lucena, outro maçom, pelo que os dirigentes católicos rejeitaram batizar o
inocente rebento de Jeremias. A providência não se fez esperar: Jeremias
conduziu a criança à Loja Maçônica 24 de junho, sendo ali batizada com o nome
do patrono da Ordem Escocesa Antiga e Aceita – São João da Escócia. Esta foi a
solução lógica que deu origem à família Escóssia (assim mesmo com dois ss),
hoje com centenas de descendentes radicados em vários Estados do País”.
João da Escóssia foi jornalista, xilógrafo, artista plástico, desenhista,
gravador, cenarista e autor de teatro. Em 1901 fundou o jornal humorístico “O
Echo” que circulou até 1902, e foi considerado o marco da xilogravura potiguar.
Em 12 de junho de 1902 reabriu “O Mossoroense”, em sua segunda fase, dando
continuidade ao trabalho do seu pai. O jornal ganhou com João da Escóssia uma
nova cara: passou a ser ilustrado com gravuras, cujas matrizes ele próprio
talhava em madeira utilizando apenas um simples canivete. No número de estreia,
o jornal apresentou uma alegoria em homenagem a Frei Miguelinho, em trabalho de
xilogravura que ocupava toda a primeira página. Em sua empresa, denominada
Atelier Escóssia, João também fazia artes publicitárias, carimbos para
particulares e empresas, intermediava aulas para professores de arte, vendia
cartões postais, máscaras carnavalescas e muitas outras coisas de sua criação.
Sob a direção de João da Escóssia, “O Mossoroense” circulou até 1917.
Foi um homem preocupado com o futuro intelectual das novas gerações, ao
ponto de se inscrever, em 1901, para prestar auxílio ao Colégio Sete de
Setembro, fundado a 7 de setembro de 1900 pelo professor Antônio Gomes de
Arruda Barreto, que transferiu sua escola da Paraíba para Mossoró a convite do
farmacêutico Jerônimo Rosado.
Um início de paralisia o colocou numa cadeira de rodas. Chegou a
viajar ao Rio de Janeiro para tratar-se na clínica do Dr. Henrique Roxo; não
adiantou. Sofria também com inchaços e fortes dores na mão direita, justamente
a que imprimia força no canivete para moldar formas na madeira.
Faleceu em Mossoró a 14 de dezembro de 1919, num dia de domingo, aos 46 anos
de idade. Além de patrono de uma rua no bairro de Nova Betânia, bairro nobre da
cidade, o seu nome aparece com muita justiça no frontispício de um dos templos
maçônicos do Oriente de Mossoró – a Loja Maçônica João da Escóssia, fundada a
15 de maio de 1967, por um grupo de 13 obreiros oriundos do quadro da sua
coirmã, Loja 24 de junho, também deste Oriente.
FONTE – O MOSSOROENSE
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